INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA



Ligando o conhecimento à acção, eis alguns pressupostos que baseiam a nossa intervenção:
"Intervir a favor da criança é, também, intervir para a Paz e esse é afinal o grande desafio da nossa cidadania “
(Gomes-Pedro, 2005, in O Sentido de Coerência na Vida da Criança)

“A emoção dirige a atenção básica e é indispensável para a aprendizagem e por isso mesmo, indispensável para o desenvolvimento cognitivo.”
(Damásio, 2005, in Mais Criança)

“Percebi que talvez a coisa mais necessária para o bebé, depois de alimento, é que alguém se apaixone por ele.”
(Stern, 2005, in Mais Criança)

A Intervenção Precoce na Infância (IPI) é:
Um conjunto de medidas de apoio integrado, centrado na criança e na família, incluindo acções de natureza preventiva e reabilitativa, designadamente do âmbito da educação, da saúde e da acção social.

Legislação:
O Decreto-Lei n.º 281/2009 de 6 de Outubro, vem regulamentar a criação do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI) que integra a IPI do Concelho. Este emerge dos princípios vertidos na Convenção das Nações Unidas dos Direitos da Criança e do Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade 2006-2009.

Financiamento:
A Intervenção Precoce é financiada pela Segurança Social.
As duas viaturas e o equipamento (informático, mobiliário, material didáctico e de avaliação) foram adquiridos pelo  INALentejo - Eixo3 - Conectividade e Articulação Territorial.

Como funciona:
• Apoia crianças entre os 0 e os 6 anos (incluindo o período pré-natal), do concelho de Odemira, com alterações nas funções ou estruturas do corpo que limitam a participação nas actividades típicas para a respectiva idade e contexto social ou com risco grave de atraso de desenvolvimento.
Porque:
Todas as experiências que as crianças vivem nos primeiros anos têm influência nos seus cérebros. Para um desenvolvimento cerebral óptimo é essencial estimular quantas mais sinapses e circuitos possíveis durante esse período de maior plasticidade neuronal (sobretudo até aos 5 anos). Os neurónios estão à espera das experiências e da estimulação adequadas que construirão as ligações sinápticas, desenvolvendo todo o potencial inscrito nos genes.
Uma intervenção, nestas idades, o mais precoce possível, é fundamental para se chegar mais longe na correcção das limitações funcionais de origem e para as crianças se tornarem mais capazes.

• Apoia às suas famílias, na necessidade de adaptação às características próprias da criança e ao meio, como forma de o tornar facilitador da integração social, garantindo-lhes o esbatimento das desvantagens causadas pelas suas alterações ou pelos factores de risco.
Privilegia o seu papel como decisores e participantes activos em todo o processo de intervenção com a criança.

A IPI recorre a práticas de fortalecimento, de capacitação e de colaboração. Baseia-se nas capacidades, forças, necessidades, preocupações, prioridades e recursos da criança/família e comunidade.

Quais os técnicos de que dispõem:
A equipa é constituída por Educadoras de Infância, Terapeutas da Fala, Psicólogas, Assistentes Sociais e Fisioterapeutas e funciona numa modalidade transdisciplinar.

Onde se desenvolve:
Nos contextos naturais de vida da criança e da família (domicílios, creches, jardins-de-infância e comunidade)

Quais são os objectivos:

• Assegurar às crianças a protecção dos seus direitos e o desenvolvimento das suas capacidades;

• Detectar e sinalizar todas as crianças com risco de alterações ou alterações nas funções e estruturas do corpo ou risco grave de atraso de desenvolvimento;

• Intervir, após a detecção e sinalização, em função das necessidades do contexto familiar de cada criança elegível, de modo a prevenir ou reduzir os riscos de atraso no desenvolvimento;

• Apoiar as famílias no acesso a serviços e recursos dos sistemas da segurança social, da saúde e da educação;

• Envolver a comunidade através da criação de mecanismos articulados de suporte social.